Presentes que eu ganho e dou às vezes suspiram por um clic. Dá uma pena de comê-los/usá-los e por isso tenho que fotografá-los. Captando cada um pela lente eu os absorvo por mais tempo que o de sua durabilidade. Que eles venham a fazer um outro papel no mundo virtual. Até das embalagens às vezes me lamento de me desfazer mas nunca haverá espaço pra tanto objeto. Um dia quem sabe as lembrancinhas e seus invólucros serão elevados à obra de arte: o conteúdo e o continente.
Wednesday, June 4, 2014
E o presente estragou
Nem pra uma, nem pra outra. Presente não prometido é melhor. Quando estraga ninguém chora, não lamenta e nem pragueja não ter recebido. Foi assim com o cacau e o dendê. A raiva é que eu roí a camada cremosa em volta da noz do cacau quando fui à fazenda lá em Ilhéus. Quando cheguei pus logo na geladeira mas deu dois dias e pus do lado de fora ensacado para naquele dia fazer a doação. Mas esqueci porque a noite anterior ao dia da doação fiquei um pouco insone. Aí, pronto, não houve jeito mesmo de entregar aos destinatários. E aí o saco ficou rolando, rolando de um lado pro outro até hoje de manhã. Hoje, ao contrário, no dia mais improvável de lembrar do presente no saco e fruindo os efeitos de um remédio, acordei entre zonzo e sonolento. O resultado é esse que estão vendo. Os esporos de fungos que estão por toda a cidade fizeram seu ninho aqui como não poderia deixar de ser. Tenho coragem de dar isso pra alguém assim? Não, né?
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