Objetos afins para amigos distintos em Dia do Sol

Na primeira brecha da agenda que houve tratei de distribuir os presentes há muito represados para essa família vibrante. Primeiro, o Jorge Amado de Ilhéus, para sugerir que a literatura brota de qualquer lugar do Brasil e que pode ser produzida bem à vontade.

Depois de ganhar a pulseira de capim dourado (compradas de uma loja-ateliê no Portal do Jalapão)  parece que minha amiga gostou mesmo foi do cesto de buriti que veio da Feira do Bosque de Palmas, Tocantins.

Fez questão que eu tirasse uma foto em separado das lembrancinhas sobre o belo sofá aveludado. Uma com a mão e a outra focando no todo.

Espero que todos tenham gostado destes presentes e dos outros objetos afins que acreditei que fossem gostar. O papo estava tão bom que acabamos deixando de lado outros afazeres e ficamos conversando horas. Obrigado pela companhia tão agradável e inspiradora de todos! Que Weg, Chemin, Camino e Quem-mais-se-agregar dêem cada vez mais passos em consonância!

Trazendo a lembrança Cozumel

 Chapéuzinho mexicano.

 Pulseira.

Chaveiro com grãos de areia de Cozumel.

Quando se abre a gaveta em algum canto se descobrem momentos maravilhosos. Esses não foram vividos por mim mas por uma parente próxima muito multitarefa e com inclinações científicas. Lembranças são para de vez em quando ressuscitar. E saber que em algum momento da vida a pessoa que as adquiriu agiu para criar alegrias a los dos. Pra finalizar evoco "El Jarabe Tapatio" de Mariachi Vargas para que todos dancem com a alma.

Calendário do Futuro

Quem me deu não quis fazer questão de usar pseudônimo. Inomidada ou inominado não importa. O importante é quis me desejar um futuro melhor, um ano mais especial e fazer este tipo de voto bem antes do Natal a situa no grupo das pessoas que não se fixam em datas, que a vida é pra ser vivida também no presente. É o tipo de lembrança que em doses homeopáticas traz a visão e o valor de quem te quis bem, de um bem-estar em forma de sachê que vai aromatizando os dias. Obrigado por ver em mim uma esperança. Feliz Ano Novo!

É recebendo que se dá

De volta ao contato com minha amiga muito querida que decidiu fazer um kit dos presentes que acumulou pra me dar. Sem premeditação a frase invertida da oração de São Francisco acabou caindo como uma luva no título dessa mensagem a título de registrar a coincidência de intenção de doação mútua de presentes. O que haverá aí dentro? Logo veremos. Essa minha amiga ainda consegue ter tempo para dar os presentes em embalagens bacanas.

 A ilustração já não me engana: é a do teste de Rorschach. Em casa verei com mais calma. Adoro presentes assim! Muito bem-vindos!

Um bloco de anotações perfeito para quem necessita de ouvir essa mensagem. Horas corridas de sono são fundamentais para boa lucidez no dia seguinte. Mesmo em tempo de tablets eu uso muito blocos de anotação. Valeu!

 Agenda 2015 sóbria. Ideal! Adorei também rsrs.

Direto do Portal do Jalapão veio esse presente. Esse foi pra ela. A embalagem eu tive que providenciar porque lá não me deram nenhum invólucro. Foi um porta-níqueis com zíper feito em capim dourado.  Parecem dois pratos fundos unidos e levam o jeito de diamante.
Dei mais outras duas coisas: um calendário com frases inspiradoras para 2015 e um DVD francês.

Autopresente - parte II

Conforme prometido aí vão as sementes das bagas de Cardamomo. Orgânicas.

Surpresa da França

Ganhei de uma colega de trabalho que viajou até Paris este queijo. Mini Babybel teve suas horas de integridade contadas. Em um certo momento da noite essa iguaria que me pareceu ter sabor de um pecorino mole (italiano) misturado ao camembert (francês) encontrou seus últimos momentos na minha boca. Essa percepção de combinação certamente deve ser uma heresia aos olhos franceses mas é que estou afastado já há muitos meses do consumo de queijos amarelos. No máximo uma fatia de pizza, de vez em quando, com o queijo que estiver por cima me povoa o paladar. Sua capa rosa (a encoberta pela embalagem) foi fendida e depois a espremi para que o creme viesse a ser saboreado. Notei que não havia nenhum selo de procedência nem data de validade mas mesmo assim tentei a sorte. Se a colega já havia comido o dela e não havia tido problemas porque não confiar? E assim foi. Dia seguinte: volto ao regime de emagrecimento pra não ficar maxi.

A lembrança do professor

Para aromatizar a casa ganhei uma solução francesa sofisticada de um amigo professor. Trata-se de uma espécie de queimador lento de essências. Não se liga na tomada comum já que a porta USB é que serve de tomada. Já experimentei e aprovei. O nome técnico desse equipamento é difusor e o cheiro que se espalha é o cítrico. Quando acabar o líquido do vidro vou querer testar com outras essências. Obrigadooo!

Autopresente

Por incentivo de um fazendeiro do Sul da Bahia (é claro que tinha de ser Ilhéus) fui encontrar no cardamomo verde (Elettaria cardamomum) e orgânico ainda por cima minhas doses de melhorar minha inflamação da garganta. Soube que também é indicado para infecção na gengiva e para melhoria das funções hepáticas. Agora estou eu com a delícia de seu efeito no hálito. Me lembra cheiro de hortelã com manjericão depois que mordo as sementes e desprezo as bagas. Deveria de imediato colocar as bagas pra fora da embalagem mas em qualquer momento futuro complemento esta mensagem. Viver com pressa dá nisso rsrs. Por enquanto estou satisfeito com essa sensação de ser o Rei desse Cardamomo todo ;)

Degraus da fama

Antes de entrar no cinema, hesitante, ofereci o Jorge Amado de cerâmica a um querido amigo professor de filosofia que faz muito tempo não nos falávamos. Não por desentendimentos mas sim por falta de agenda comum. Ele gostou muito do presente e deste modo fiquei feliz porque nem sempre é fácil advinhar do que a outra pessoa gostaria de receber como lembrança. Ele acabou me fazendo uma gentileza: me pagou a sessão do filme. Eu não queria não mas ele insistiu. E valeu a pena. O filme fugiu do óbvio e marcou o primeiro dia em que fui ao Festival do Rio. O professor também aprovou. Quem sabe "Mil boas noites" poderá ser alçado a mais fama depois do Festival?

Para quem muito escreve

Demorou meses para ser entregue. Para conciliar a agenda noturna dos dois (presenteador e presenteado) foram necessários alguns telefonemas e e-mails na semana do encontro para que o presentinho fosse entregue. E foi em um jantar acolhedor e inesperado. Diretamente do Museu da Escrita do Ceará, a pena destinada a ser mergulhada em tinta, vai ao encontro de um amigo escritor de muitos livros muito querido que estava com sua linda e inteligente companheira. Espero que ele se divirta com a lembrança. É importante comemorar a vida do jeito que for possível. A conversa esta animada e rápida (muito da velocidade por minha influência porque estava com pressa). Tambem ganhei uma (o que me deixou um pouco sem graça porque não esperava). Essa eu mostro futuramente em outra mensagem. Como estou com uma restrição de calorias só comi mesmo o arroz e bem pouca batata palha. Tenho certeza que a maior parte da ceia estava deliciosa mas dieta tem que ser seguida (principalmente quando ela esta no início). Me restou apreciar os belos pratos ornamentados rsrs.

Conduta vermelha

Ela recebe a luz de uma tarde de encanto. Imóvel, ela baila. Pensa em amor e está cheia dele para entregar a quem passa. Recém-saída de uma embalagem onde foi cuidadosamente acondicionada ensaia os passos para uma nova vida.

Se vem vencendo a noitinha fica ainda mais bela. Suas feições delicadas atraem. Tem mimo nessa face.

Muda-se a luz e vem o destaque. É bem óbvio. Em todo seu esplendor percebe-se: é ela, a envergonhada. Se alguém corta a unha do pé na frente dela ela cora. Se ela ouve ou vê alguém da casa gargarejando ela trata de pôr as duas mãos nas bochecas e solta: "Meu Pai do Céu, o que é isso!!". Se alguém na cozinha prepara a comida, esquece e põe a mão no cabelo, que passa a cheirar a alho, ela olha e não perdoa: "Que absurdo!".

Top model educadinha. Certamente herdeira das tradições das misses. Desfocada, sua boca parece mais quente como se passasse a receber no corpo a influência intensa de um verão luminoso.

Parece também uma boca que se acarinha e que se ajuda a proteger de um mundo que cisma em oferecer o improviso, cenas sem normas.

O orgulho ilheense (vinda de Ilhéus, BA) na forma de artesanato.

Pura, doce. Envolvente e... com decote. Um amor.

Mostrando a saia.

Desfilando.

Tratada como jóia, chega o momento de ser presenteada para uma tijucana temperada, carinhosa e observadora. Que do cantinho em que for colocada a "envergonhada" não páre de se surpreender com o comportamento humano dos presentes, tornando mais divertido o lar dos agraciados com sua presença.

Entregue em mãos: O dorminhoco, o marca-livro e o chaveiro

Em tempos chuvosos e frios em que a rua está escorregadia a prevenção vem em primeiro lugar: fotografe todos os presentes antes de entregá-las à sua bem-amada. É que se corre o risco, de nas calçadas lisas desta cidade, levar um tombo e quebrar ou sujar todos os pertences. O primeiro presente veio de Ilhéus (BA) e é um direto concorrente às namoradeiras de cerâmica nas janelas. Sabe aquele quadro que se arranca da parece e deixa o prego? Taí a nova sugestão de cerâmica para aconchego de interiores.

 O segundo presentinho veio em uma embalagem de papel pardo com direito a logo. Esse veio de Fortaleza.

 O marca-livro é uma encarnação mais leve e prática da Pedra de Rosetta. Os hieróglifos agora ficam mais claros. E segue um chaveiro com o logotipo do museu pirografado.

Eternizando o momento da entrega à uma boa amiga. A lembrança carrega um quê de novidade aqui pelas bandas cariocas pois corri algumas vitrines de lojas de artesanato e ainda não a vi. É um barato ter alguém que dorme em cima do telhado cheio de sobremesas deliciosas no chapéu pendurado na parede de casa. Mas olhando bem o chapéu e pela calça rosa... humm... não parece uma dorminhoca rsrs?

Espero que agora minha amiga curta mais as chaves de casa. E use o marcador. Afinal é difícil fazê-la sair de casa e quem sabe, ela, agora, com este marcador, se torne além de escritora, uma leitora ainda mais inspirada!

De objeto para objeto

E a presenteada desta vez é... minha geladeira. Já havia algum tempo que queria colocar os tais mamões papaya em um lugar apropriado que não o próprio saco onde chegam da feira. Para minha surpresa noite dessas entrei em um supermercado da Zona Sul e me deparei com um sonho de consumo antigo piauíense. A famosa cerâmica azul petróleo (ei esta não está como a que vi em Teresina, PI) estava diante dos meus olhos e justamente com... imitação de arte rupestre. Quase não pude acreditar que o preço estava acessível e vinha da Serra da Capivara, aquele enclave científico pelo qual sou tão apaixonado. Meus cabelos agora ficam arrepiados só de ver que na mesma gôndola haviam outras travesssas e inclusive um kit caipirinha. Puro êxtase pré-histórico.

Quer leite?

 Para quem nunca ouviu falar esse é o Cana Brava, um brinquedo agora típico do artesanato de Ilhéus.

Ele é unido por duas linhas a duas garrafas de leite e pinga. A cabeça dele é móvel. Quando ofereço leite ele vira rápido a cabeça pro lado.

Já quando ofereço pinga, a garrafa gruda na boca dele. O segredo é o imã que no caso do leite tem mesmo sinal de atração que a boca do Cana Brava. A pinga tem sinal diferente do da boca e por isso fica ali "abastecendo" nosso "amigo". Por ora vou ficar com a lembrança porque ela é um brinquedo divertido. Por minha vez não quero leite nem "mé", me dá água que já vou ficar bem feliz rsrs.

E o presente estragou

Nem pra uma, nem pra outra. Presente não prometido é melhor. Quando estraga ninguém chora, não lamenta e nem pragueja não ter recebido. Foi assim com o cacau e o dendê. A raiva é que eu roí a camada cremosa em volta da noz do cacau quando fui à fazenda lá em Ilhéus. Quando cheguei pus logo na geladeira mas deu dois dias e pus do lado de fora ensacado para naquele dia fazer a doação. Mas esqueci porque a noite anterior ao dia da doação fiquei um pouco insone. Aí, pronto, não houve jeito mesmo de entregar aos destinatários. E aí o saco ficou rolando, rolando de um lado pro outro até hoje de manhã. Hoje, ao contrário, no dia mais improvável de lembrar do presente no saco e fruindo os efeitos de um remédio, acordei entre zonzo e sonolento. O resultado é esse que estão vendo. Os esporos de fungos que estão por toda a cidade fizeram seu ninho aqui como não poderia deixar de ser. Tenho coragem de dar isso pra alguém assim? Não, né?

Chocolate orgânico e político

O sabor é meio amargo e flavonóides estão à solta pra fazer qualquer consumidor mais saudável. A família também foi presenteada. Como trouxe poucos, também poucos foram os contemplados. Foi a primeira vez que comi chocolate orgânico.

Esse chocolate delicioso (!) veio do Sul da Bahia, foi produzido pelo Assentamento Terra Vista que foi fruto da luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Tem 56% de cacau (faz bem pro coração) e 100% de luta política. Assim eu quero mais!

Às vezes a lembrancinha é comestível e pra outros

 Claro que eu também provei essa iguaria ligeiramente azedinha mas regada a muito açúcar cristal.

Veio direto de Ilhéus, BA mas foi fabricada em outra cidade. Quem provou, provou. Pra ganhar mais só eu voltando pra lá outra hora.

Me presenteei (isso também acontece) com um prato coreano

 Chegou a hora da gastronomia. Nem me lembro se adquiri estas algas ligeiramente oleosas (parecem embebidas em azeite) na Feira do Japão no Aterro do Flamengo ou em uma das lojas de aperitivos orientais que pululam na Zona Sul. O que sei e que esta iguaria combinou perfeitamente com o purê de inhame que eu tinha acabado de descongelar um dia desses. Nem preciso dizer que joguei toda ela por cima e comi rezando, acometido de um prazer quase celeste. Entra pro Hall of Fame de minha cozinha este snack incomum e que de vez em quando vai alegrar um prato literalmente sem sal. O inhame ja e hors concours nesse Hall em termos de destaque pois e muito saudavel. Que seja bem recebido. Palmas pra ele!!

De onde nada se espera às vezes é de onde tudo surge

Assim como o estojo eu fiquei de boca aberta. Bombons de chocolate! O metalizado York fabricado no México tem sabor menta.

Os outros eu vou saboreando aos poucos. Ampliando o deleite.

Como se não bastasse...

 

Essa misteriosa senhoura ainda me presenteou com um estojo com um laço de fita daqueles! Ela acertou porque volta e meia estou precisando de um: ou pra separar pilhas para reciclagem ou para guardar moedas (não uso cofrinho) ou baterias de celular ou pra guardar os florais de Bach...

Ou pra guardar nele: tesouras de cortar unha, carregador de baterias, santinhos, cartões de visita profissionais, tempero (tempero? não. que eu saiba so podem ser acondicionados em local arejado)... Debaixo desses girassois muita coisa ainda posso pensar em colocar menos os meus pentes de máquina de cortar cabelo (eu tentei mas transbordaram porque são de vários tamanhos rsrs). O importante é: valeu pela lembrança minha amiga! Mas a história desse estojo continua no próximo post.